CAPÍTULO 4 -
Um dia se passa desde que José e Camily chegaram no prédio. A cada hora que passa, os planos de chegar na casa de seu pai e encontrar-se com seu irmão Marcus, ficam mais complicados. Sem sinal e com a bateria do celular acabando José e vicente entram nos apartamentos em busca de um carregador. Procurando em um quarto tipicamente feminino, Vicente abre algumas gavetas do criado-mudo ao lado da cama. - Issoooo... Achei!!... Ele comemora. -Woouuw!! Quando puxa o carregador, rola do fundo da gaveta um vibrador enorme. Ele pega o consolo nas mãos e se admira com o tamanho. José entra no mesmo quarto e o flagra. - Procure um carregador. Depois você procura um brinquedinho pra se divertir. Zé fala em tom sério mas deixa o quarto segurando o riso. - Eu encontrei! Não gosto dessas cosias não.. eu achei aqui.. foi sem querer.. Zéee.. Zée.. Não conta nada pro pessoal heim.. não é o que você esta pensando. Vicente fica vermelho dos pés a cabeça e tenta se explicar, todo atrapalhado.
No terraço, Eurico terminava de enrolar os fios e cordas. - Pronto! Agora podemos descer escalando a janela de um apartamento do primeiro andar. Não precisamos sair pelas entradas comuns. Ele explica para Eduarda que comia uma fruta e olhava para os mortos-vivos do parapeito. - Eii.. É impressão minha ou esta mais vazio de infectados lá embaixo? Pergunta-se a jovem.
Dona Judite acomoda a criança em um pequeno sofá que eles levaram até o terraço e aproxima-se de Eduarda. - Sim! Realmente.. Não é impressão sua não. Confirma a idosa, seguida de Eurico.. que corre atrás de José e Vicente.
Eles se encontram na escada. - Zé! Venha ver isso. Eurico mostra o contorno do prédio com menos infectados e em seguida mostra as cordas que ele recolheu. - Pensei em usarmos essas cordas pra escalar, de uma janela do primeiro andar, pra não precisar passar pelas saídas lotadas de morto-vivos.
- É uma boa! Mas não sei se todos irão conseguir descer em segurança. Responde José.
- Se seguirem minhas dicas irão sim. Eu desço primeiro pra orientá-los e você por último. Diz Eurico.
- É melhor que eu vá na frente. José pega algumas cordas enroladas do chão, o que irrita Eurico.
- Não!! Ele é enfático.
- Sou militar! Basta eles seguirem o que eu digo. Retruca José.
- Eu sou instrutor de rapel e montanhismo. Além do mais a ideia é minha e quem preparou as cordas fui eu. Eurico responde demonstrando uma certa irritação.
- Ok! Sem estresse. José solta a corda no chão e afasta-se, chamando os demais e explicando o que iria acontecer.
Todos preparavam-se para ir. Camily e Dona Judite pareciam aflitas. Vicente e Eduarda enchiam as mochilas de comida e água. Eurico preparava a descida e José certificava-se da segurança do local. - Certo! Acho melhor descermos por este lado. José aponta o lado esquerdo do prédio. - Esta mais vazio e também é no sentido que devemos ir. Minha casa fica pra lá. a poucos quarteirões daqui, na beira mar.
- Como assim? Não vamos pra sua casa. Vamos pegar um carro e seguir em frente