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 CAPÍTULO 2 - Sem Alternativas

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bruno
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MensagemAssunto: CAPÍTULO 2 - Sem Alternativas    CAPÍTULO 2 - Sem Alternativas  Icon_minitime1Qui Ago 13, 2015 6:06 pm

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CAPÍTULO 2 - Sem Alternativas

Do pequeno grupo que se formou no hall do prédio, no inicio de toda a confusão, apenas José e a menina Camily, tiveram sorte e sobreviveram. Se é que pode-se considerar sorte a atual situação dos dois.

Do alto do ônibus circular, atravessado no meio da rua, José tenta confortar Camily que chora de medo, desespero, fome e tristeza pela morte da mãe. - Calma, Camily! .. Calma linda!

O cenário é perturbador, centenas de pessoas infectadas rodeiam o ônibus. Elas mantém, incansavelmente, os braços esticados para cima na tentativa de alcançá-los, gemendo e balbuciando. O cheiro de sangue mistura-se com a fumaça das explosões. O sol esta a pino e não há nenhuma sombra para se esconder. O choro que Camily não cessa e a paciência de José já esta chegando ao limite, porém, ele não é grosseiro com a menina. Ele tira a camisa para abanar a criança e em seguida a protege do sol.

Algumas horas passam e os infectados continuam ali, rodeando o ônibus. Os que comiam Jonas no interior começam a se agitar. Eles tentam sair pela janela, desengonçadamente, ferindo-se, porém, não se importam e continuam tentando. Eles rasgam a pela e os músculos do corpo, alguns forçam tanto a passagem pelo buraco da janela q chegam a abrir a barriga e seus órgãos e vísceras são despejados no chão. Nojento.
uns quase tem sorte, mas José dispara em suas cabeças. Ele esta cansado.

Todas as ideias que teve para tentar sair dali não faziam sentido. Em certos momentos ele parecia arriscar querer saltar e tentar fugir correndo, mas Camily seria um fardo. Ele pensou em dar um jeito de tirar os infectados de dentro do ônibus e dirigi-lo. Muitas e muitas ideias, mas nenhuma executável. José deita-se de barriga para cima, ri da lembrança das cantadas sem sucesso que deu a noite passada. Seu olhos enchem de lágrimas ao lembrar as mortes que não conseguiu evitar após a saída do prédio, senta-se e abraça a menina. - Você é muito corajosa, sabia? Tenho amigos adultos que não tem a sua força.
- Cadê a minha mãe? Eu quero ela!! Dizia Camily em voz baixa
José senta de costas para Camily tentando fazer sombra pra ela. Neste momento, com o sol reluzindo em seus olhos, ele percebe duas pessoas no terraço de um prédio baixo, de quatro andares. Desesperadas elas sacudiam os braços e gritavam, mas a distância não permitia que ele escutasse com clareza.

- Eeeiiii..!! Eiii! Gritam as duas pessoas do terraço. Rapidamente Zé levanta-se e gesticula da mesma maneira. - Não estou escutando. Ele aponta para a orelha e faz sinal de negativo com a cabeça e as mãos. Devido a distancia e ao sol, ele não identifica se são homens ou mulheres.
- Tente chegar até aqui... Podemos abrir a garagem pra você. Tentam gritar.
- Não escuto porraaaaa!! José tenta responder. Ele esta nervo pois seus gritos incitam ainda mais os infectados, que fazem mais barulho, dificultando ainda mais. - Seus filhos da puta... José abate uns oito num surto de raiva.

Inteligentemente a dupla do terraço une-se e gritam a mesma frase. - CORRAAAA.. ATÉ.. AQUI! Enfim Zé entende. Ele faz sinal mostrando que esta rodeado.

Ele volta a ter ideias, mas só loucuras vem a sua cabeça e novamente Camily era a motivação maior dele não sair dali. O infectados começam a forçar demais os movimentos e o ônibus começa a balançar. Em pé Zé tenta se equilibrar e Camily agarra a sua perna. Desesperado José tem uma ideia insana. - Escute aqui lindinha. Você vai ficar sozinha... Camily grita e não deixa José terminar a frase, agarrando-o pelo pescoço... Calma! Deixa o tio falar! Escuta...
- Nãooo.. não vai.. não vai! Ela insiste.
- Camily. Tá vendo aquelas pessoas lá? Vou até lá e volto pra te buscar. Zé explica o que irá fazer e levanta-se. Ele vai até a dianteira do ônibus, onde a maioria dos infectados estava e ameaça descer,, ele deita-se e estende a mão para baixo, dando tapas nas mãos deles,provocando. Logo, mais em mais se amontoam ali. Zé levanta-se e olha para a parte de trás, que esvazia um pouco. Ele continua a provocação, respira fundo enchendo-se de coragem, levanta-se rapidamente e corre saltando do ônibus.

No chão ele faz um rolamento e não se machuca. Luta com dois infectados que estavam a sua frente, desferindo golpes com o fuzil e corre chamando a atenção de todos. A enorme multidão de infectados começa a segui-lo. O corajoso José corre na direção do prédio onde a dupla esta. - Corre pra garagem.. corre pra garagem...!! Não vamos abrir o portão inteiro. Conseguindo ouvi-los com clareza ele obedece.

A dupla era um casal. - Vire a esquerda!! A esquerda.. o portão é na outra rua. Cuidadoo.. Cuidadooooo! A mulher fica no terraço gritando para ele e vendo a dificuldade que José enfrentava, quando o rapaz corria para abrir o portão. O prédio é de esquina e Zé vê o portão, mas ainda fechado... Mas que caralho.. abre esta merdaaaa! O portão começa a abrir. Pulando para dentro, José consegue entrar. - Não acredito!! consegui... Camilyy.. precisamos voltar pra buscar a criança. ela esta sozinha na porra do ônibus. Mal ele chega e já pensa em voltar pra resgatar Camily.
- Obrigado!! Agradece José.
- Sou Vicente!.. vamos subir.
- Eu sou José! Escute... agradeço a ajuda, mas tenho que voltar pra pegar a menina.
- Aqui é perigoso... aquelas pessoas conseguiram entrar pela recepção.. mas conseguimos fechar a porta a tempo. Temos acesso pela escada aqui pela garagem, mas não sei até quando a porta vai aguentar. Diz Vicente.
- Volte você. Vou pegar um carro e chegar até ela.
- Não tem como.. se eu abrir o portão da garagem pro carro passar eles vão entrar.. ai já era!
- Caralho.. 

Enquanto os dois discutiam, a mulher chega na garagem desesperada. - A menininha desceu..ela ta na rua! Sozinha .. Tadinhaa!! José arranca o controle das mãos de Vicente e abre o portão. Ele dá o revolver nas mãos do rapaz pede que atire diretamente na cabeça dos infectados. - Se algum entrar, atire na cabeça. Vou buscá-la.

Dois infectados tentam entrar mas José os empurra.. outros dois entrar. Eduarda, a mulher fecha o portão enquanto Vicente gasta várias balas para conseguir acertar os infectados.
Do lado de fora José faz o caminho contrário e ao virar a esquina vê Camily atrás de um carro, encurralada. Seus disparos abrem caminho, estourando os miolos dos infectados e ele chega até a menina - Sua doidinha. Eu falei pra você me esperar. Ela a pega no colo e volta para o portão da garagem.
- Vicenteeeee!! Abre o portão.. Abre o portão... Grita ele.
O portão é completamente fechado e Vicente não sabe se outros infectados estão ali, a espreita para entrar assim que o portão abrir. José esmurra o portão enquanto dispara e continua gritando... - Abre porraaaa!! 
Vicente abre e José arremessa a criança para dentro e entra de costas, atirando nos infectados mais próximos. Cinco conseguem entrar mas, José, num momento de fúria, derruba três com seus tiros e os outros dois ele derruba no chão. Estraçalhando as cabeças dos infectados com ponta-pés, pisões e golpes com o fuzil, a cena enoja Eduarda que sente ânsia de vômito.

- Venham, vamos subir. Esta perigoso ficar aqui. Os infectados começam a se debater contra o portão da garagem. O mesmo acontecia com os infectados de dentro da recepção na parte que dá acesso a garagem. - Se ficarmos aqui e eles entrarem não retemos chances. Completa Eduarda.
José tenta pegar na mão de Camily mas é impedido por Vicente - Deixa que eu a carrego. Ele aponta para as mãos de Zé, cobertas de sangue e pedaços de cérebro, que apenas consente e o segue.

Eles sobem seis lances de escada até chegarem ao terraço. Lá outras duas pessoas estavam aguardando. - Você conseguiu!! Que bom.. que bom!! Uma velhinha vem abraçá-lo mas ao ver seu estado, ensanguentado, desiste. Em seguida ela pega Camily e começa acomodá-la num sofá, onde estava sentada.
- Esta é a Dona Judite. Eduarda apresenta a idosa.. - E aquele é o Eurico. Diz com certa má vontade e José só o cumprimenta com a cabeça... Eurico enrolava alguns fios e cordas e não deu muita bola para os novos componentes do grupo. - Deu sorte heim rapaz.

José, Vicente e Eduarda chegam ao parapeito e observam a cidade, tomada por infectados.


FIM DO SEGUNDO EPISÓDIO
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